sábado, 8 de setembro de 2018

3º DIA - Rolante ao Sítio Amborela 05/09/2018

O hotel Tadiotto não possui café da manhã, por isso, nos programamos de fazer o desjejum com Nádia, numa padaria localizada no prédio ao lado.


Nádia é uma alemã muito determinada! Pela quantidade de troféus que coleciona em seu estabelecimento, temos a sensação que foi uma ciclista e corredora quase profissional. Mas, devido seu desejo atual seja se tornar uma empresária de sucesso, não tem tido tempo para suas pedaladas e corridas. Ela comentou que isso gera muita tristeza mas sabe que, se mantiver o foco, será apenas por um curto período e no futuro voltará a pedalar e correr!


Antes de partir, uma foto com Nádia (acima) e com o proprietário do hotel Tadiotto (abaixo). 

  • Viagem:            Rolante - Riozinho - Sítio Amborela
  • Tempo (bike):   5h00
  • Distância:         27+16 = 43 km
  • Data viagem:    05/09/18

Passamos pelos trechos de 01 a 10


Quando fiz a programação de viagem, avaliei todos os pontos turísticos de cada lugar. Em função disso, determinei dias que pedalaríamos apenas 15 km, por exemplo, visto que na região haviam muitas opções de cachoeiras a serem visitadas. No entanto, devido a enchente nos impedir de chegar no lugar pretendido, foi necessário fazer alguns ajustes. Para não alterar a logística dos outros dias, combinamos fazer dois trechos em um único dia.

É impossível descrever nossa alegria ante o clima, sol e ruas secas. Momentos difíceis nos fazem valorizar ainda mais os bons momentos!




Quando entramos na rua de terra, ficamos surpresos que não havia lama, entulhos ou buracos. Após alguns quilômetros, descobrimos o porque. 


Além da preocupação com a área urbana, as máquinas já estavam resolvendo as dificuldades que poderiam ter surgido na zona rural, devido as enchentes. Que cidade organizada!

Sinceramente... com tanto sol na 'fuça' eu não resisto a uma foto!



Vamos passar por todos os lugares dessa placa. 


No entanto, Caconde ficará para outro dia. Hoje vamos seguir, rumo a Colônia Monge. 

Já nos primeiros quilômetros passamos a subir. 


Pausa para o comercial: Essas lindas camisetas foram confeccionadas por minha querida amiga Maia Ávila, da Moon Bikers. Ela fez em caráter super especial, para trazermos para a viagem. (11 9 8759-4335)


Continuando - Seguimos subindo por alguns quilômetros, apreciando as paisagens magníficas que surgiam a nossa frente. 




Mais um cemitério... pessoal, juro que depois desse parei de fotografar, mas foram muitos  outros. 


Acho que pensar na morte, nos faz valorizar ainda mais a vida!!


As azáleas estavam magníficas em todos os lugares, por todos os dias no caminho! 

 
Além disso, passamos por trechos arborizados maravilhosos!

 
Em poucos quilômetros chegamos na Cascata da Colônia Monge.


Dessa vez, diferente da primeira experiência, estávamos com disposição de sobra! Por isso, segue as fotos da cascata:

   
Normalmente as águas por aqui são cristalinas. Devido as fortes chuvas, a água ficou com essa cor. Espero que tenha mais sorte que nós tivemos!






O difícil é pedalar com tantas paisagens gritando: "Foto!!!" 

Arrisco dizer que é o trecho mais bonito das quatro etapas!


Ao chegar neste ponto, lembrei da foto de capa do circuito. Passamos todos bem lentamente para registrar o lugar.


 




Após a sessão fotos, seguimos extasiados com a beleza do local. Exatamente nessa hora, eis que surge um boizinho em nosso caminho.


Geraldo caminhava lentamente, aguardando que terminassemos a sessão fotos. Devido a isso, se aproximou do boizinho 'bunjinhu', como apelidamos carinhosamente. 

Maria, que seguia pedalando, sentiu um certo frio na espinha quando ao passar o viu levantando e bufando. Passou atrás do Geraldo que decidiu, (não temos bem certeza do porque) ficar encarando o boizinho 'bunjinhu'


Eu dei uma paradinha ao lado do Geraldo, peguei minha câmera e ainda filmei o boizinho 'bunjinhu' (Lembro de ter tido uma vontade imensa de me dirigir até ele e tentar acariciar sua cabecinha). Filipe, que estava atrás de mim, ficava repetindo: esse boi tá bravo! Ele está bufando, com o pipi de fora e com o rabo levantado! 



Na sequência, guardei a câmera e segui pedalando por trás do Geraldo, parando logo a frente. 


Virei e gritei para a Mari: 'Tira uma foto minha descendo aqui'!

O que aconteceu na sequência foi um verdadeiro show de horrores! O boizinho 'bunjinhu' bufou e veio com tudo pra cima de mim. Como Filipe estava atento (já que era o único que não estava convencido que o boizinho era 'bunjinhu'), gritou: Cuidado CLAUDIAAAAAAAAAAA! Quando virei, vi o bruta montes vindo em minha direção, dei um bérro, larguei a bike no chão e sai correndo em direção a cerca. O boizinho 'bunjinhu' passou a cabecear meus alforges com violência. Filipe, com medo dele danificar minha bike, jogou sua bike sobre ele a fim de tentar espanta-lo. A seguir, ele olhou para o Geraldo e seguiu em disparada em sua direção. (Era uma gritaria só). Geraldo foi muito sangue frio, pois ele continuou estático. O 'bunjinhu' cabeceou sua bike e praticamente arrancou os alforges (Até sua corrente saiu do lugar). Após isso, correu na direção oposta. Subimos todos na bike e saímos fugindo em disparada, menos Geraldo, que não tinha corrente para pedalar no momento. Após alguns metros, olhamos para trás e vimos o 'bunjinhu' bem longe. 


Com nossos corações quase saindo pela boca, paramos para festejar a vida!


Maria, que havia seguido na frente, disse que ouvia nossos gritos e achava que estávamos nos divertindo na descida kkkkk. Eu, que já estava curada do medo de boi, vaca, touro, estou novamente traumatizada... Após este episódio seguimos mais cautelosos, acreditando que Filipe entende mais de bois do que agente, afinal, foi o único que percebeu todos os sinais.

Apesar da violência com que fomos tratados pelos 'habitantes' locais, o caminho permaneceu deslumbrante!





Após alguns quilômetros o pneu do Geraldo furou (ou da bike dele, como preferir)


Seguimos pedalando tranquilos, subindo a quase todo o tempo. 

 


Chegamos ao Cantagalo (que, semelhante ao caminho da fé, também fica bem alto).


Infelizmente após esse ponto, as placas sinalizavam a esquerda e o GPS sinalizava a direita. Na dúvida, preferimos seguir as placas. 


Veja onde estava a placa errada:



Descemos bastante até chegar a uma rodovia. A placa a seguir, nos mandava seguir a esquerda. Como tinha uma ideia do mapa, parei para analisar. Olhei com cautela no GPS que nos informava que estávamos nos distanciando de Riozinho, cidade por onde passaríamos. Cheguei a conclusão que as placas estavam erradas, por isso, seguimos na rodovia pelo lado oposto a placa. (Provavelmente algum meliante fez isso para prejudicar os cicloturistas). Após alguns quilômetros, passamos em frente a um restaurante. O cheirinho de comida caseira foi um convite a uma parada.



Após o almoço, seguimos pedalando por mais 5 km para voltar a Riozinho. Passamos pela cidade e, na sequência, seguimos subindo por alguns quilômetros em direção ao Sítio Amborela. Estas subidas, diferente das primeiras, custaram mais. 




A bike do Geraldo começou a ranger. Filipe, muito incomodado, pediu que ele parasse para conferir. Preciso descrever em detalhes a conversa, para que nosso leitor compreenda o ocorrido:
Filipe: -"Descobri o que houve, suas pastilhas se gastaram, você está com as pastilhas no ferro".
Geraldo: -"Ahhh legal!"
Filipe: -"Vamos trocar?"
Geraldo: -"Não!"
Uns olhamos para os outros e foi só gargalhada... 
Filipe disse: -"Como não??! Você vai precisar de freios. kkkkkk
Depois disso, trocamos a pastilha (ou melhor, Filipe trocou) e seguimos em frente. 

Em um trecho, passamos por vários pinheiros que estão em processo de extração de resina. Vi na internet que trata-se de uma técnica antiga de produzir a base para tintas ou resina. 


Seguimos subindo por muitos quilômetros.

 
Passamos em frente a um imóvel onde havia um bule e uma cuia, um símbolo muito forte do povo rio grandense.


Em uma longa e íngreme  subida, havia uma plantação de laranjas. O cheiro estava maravilhoso, não resistimos e emprestamos algumas para degustar. 




Quando chegamos ao topo da subida, recebemos de presente um visual maravilhoso. Dessa forma, aproveitamos para fazer mais algumas imagens. 


 



Após uma longa e íngreme subida, pegamos uma curta e perigosa descida. Descemos bem atentos, esperando uns pelos outros.


Logo depois da ponte, seguimos até uma bifurcação onde viramos a direita. Após poucos metros a alegria da chegada:


Chegamos praticamente ao pôr do sol. Além de escuro, estava esfriando bem depressa, por isso, o fogão a lenha passou a ser um lugar muito visitado. 


Os chalés do sítio são uma graça. Haviam dois quartos embaixo e uma colchão de casal em cima.


Tomamos um vinho delicioso, por apenas R$ 16,00, da vinícola Finger; fabricado numa vinícola da colônia Boa Esperança, onde passaremos em breve. 


Após o banho, seguimos todos para a cozinha e ficamos em volta do fogão conversando, enquanto Adriane finalizava nosso jantar. 


Adriane é uma graça. Super preocupada com todos, não sabia como nos agradar. Logo trouxe uns pinhões e deixou sobre a chapa para cozer. 


Seu jantar estava maravilhoso com massa, carne e salada. Tudo regado a um vinho delicioso da vinícola Finger. 


Após o jantar, nos recolhemos para descansar do dia puxado e maravilhoso que tivemos. Gratidão!!

Gastos
R$100,00 Pousada Sítio Amborela
R$  44,40 jantar/café/vinho

Total 
R$ 144,40

WIKILOC

https://pt.wikiloc.com/trilhas-ciclismo/circuito-cascata-e-montanha-2-rolante-a-riozinho-sitio-amborela-28352588


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